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Sobre 'Depois de Você' do Luzo

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Eu (Breno) ouvi em primeira mão a nova música do Luzo (Depois de Você) e fiquei buscando como a descrever após ouvir, afinal não tenho experiência e nem formação para isso, mas saibam que é o meu desejo. Para quem já acompanha o Luzo, os sons dele costumam falar sobre amor, relacionamentos e tudo que se carrega e constrói nesses laços, e esse novo som fala sobre isso, sobre amor, mas em uma batida que em partes da vontade de dançar, enquanto se sofre tomando um bom vinho barato ou um corote no role. (segue a dica de um bom role, com músicas de artistas independentes e bons, com uma boa bebida com os amigos que vocês gostam). O som se desenvolve de uma maneira que surpreende a gente e isso é o que deixa o som muito gostoso de se ouvir, com um refrão que diz sobre a idealização que criamos em relacionamentos amorosos e como isso nos fere e nos torna de se certa forma, disponível a todo momento, sempre esperando um ‘oi’, um ‘vamos se ver’, mesmo que sabendo o quão tóxico será, pois...

Ashley Malia

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onerb: Com qual proposito você iniciou seus trabalhos na internet, sente que ainda hoje são os mesmos motivos que te mantém realizando o trabalho como criadora de conteúdo?  Ashley Malia: Eu comecei meus trabalhos com internet aos 11 anos, nem sabia o que estava fazendo direito, nem tinha dimensão do que era blog, internet ou a proporção desse nicho futuramente, só curtia muito escrever sobre as coisas que eu gostava. Meu primeiro blog foi sobre cultura pop, depois tive outros sobre cultura Geek e alguns pessoais. Sempre excluía e criava outros blogs e nunca entendia o porquê, só depois percebi que era o meu amadurecimento, eu já não gostava ou concordava com os conteúdos antigos, então criava tudo de novo, do zero.  Os motivos que me mantém hoje são completamente diferentes e estão inteiramente ligados à minha construção de identidade enquanto mulher negra. Hoje eu percebo a potência que é ter uma voz, antes silenciada, produzindo novas narrativas e cont...

Jonas Miguel

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onerb: A arte entra em sua vida de forma natural (incentivo da família, escola) ou porque motivo em especifico (desilusão, solidão, timidez)? Jonas Miguel: A arte entra em minha vida rasgando mesmo, invadindo, exigindo de mim uma postura, nem bate à porta, sabe? E ela já se modificou tantas vezes que hoje não sei dizer o que foi natural e o que não foi. Tudo começou com crocodilos e paisagens, flores e casas, desenhos infantis de uma criança buscando conseguir dinheiro pra comprar figurinhas pros seus álbuns. Todo mundo dizia que eu desenhava flores lindas. Que eu tinha sensibilidade. Depois que minha bisavó faleceu tudo se reformulou. Tudo ficou mais nítido. Meu primeiro contato com a tristeza de perder alguém me trouxe uma intensa amizade com a arte. Eu não sei dizer quais sentimentos mais afloram em mim quando busco refúgio em pincéis, tintas, caneta e papel. É tudo muito pessoal e intuitivo: às vezes eu só quero passar o tempo, me divertir, em outros momentos eu estou profun...

Lucas Hawkin

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onerb : Em que momento a arte entrou na sua vida?  Lucas Hawkin: Posso dizer que a arte se faz presente desde a minha infância, com 2 anos eu tive meu primeiro microfone de brinquedo e vivia cantando pelos cantos. Mas foi aos meus 15 anos que tive uma vivência mais íntima com a arte, conheci o Palco Elite, um projeto teatral do colégio no qual estudei no meu ensino médio. Onde tivemos que montar cenário, escrever roteiros, fazer figurinos e atuar. Eu como sempre tive muita vergonha, até que alguém teve que “abrir o espetáculo” e eu disse que poderia cantar. Cantei junto com a minha melhor amiga Marianna ( Stay e Hate That I Love You “ Rihanna ”). Foi ai que o coração gelou e a garganta esquentou. Era como se eu olhasse o mundo pela primeira vez e o mundo me olhasse de volta. Foi incrível cantar para mais de 500 pessoas e no teatro do grande Miguel Falabella . onerb: Qual processo de descoberta e aceitação para você foi mais difícil, se ver LGBTTQ ou negro?  ...

Pedro Neves

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onerb: Como funciona seu processo de criação, e se hoje já não é da mesma forma como no início?  Pedro Neves: Meu processo de criação sempre teve a mesma base, que foi o ser humano e a individualidade de cada um, no inicio, quando comecei meus primeiros trabalhos autorais falavam muito sobre angustias e questões internas do ser humano, por influência do consumo de literatura e cinema existencialista kkkk, hoje em dia tento retratar pr'alem disso, falo de questões mais espirituais e ancestrais, mas ainda me inspiro na individualidade de cada ser humano que estou retratando, seja em pintura ou fotografia. onerb: Qual(is) artista(s) você tem como referência e gostaria de uma colaboração?  Pedro: Poxa, tem varios, mas vejo muitos no instagram e sou péssimo pra gravar os nomes kkkk' um deles é o @iwintola que admiro a mo tempo, tem umas meninas da UFMG também, @julianismo_ e @a0elisa, que seria massa produzir algo com elas, tem a  @denisepsantos, que conta...

Alanne França

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onerb: O processo de criação para você é algo complexo e organizado, ou vai tudo no liguei a câmera e gravei?  Alanne: Meu processo de criação é um pouco mais elaborado, todo vídeo meu sempre tem roteiro de no mínimo 3 tópicos e nunca são "simplesmente gravados", dou uma pesquisada antes, pra não falar coisas com coisa, sabe? onerb: Qual a parte mais complicada na realização de um trampo independente, a criação ou a divulgação?  Alanne: A parte mais complicada é que as pessoas ainda enxergam quem trabalha com internet como alguém que "só quer likes", ou que é "fútil", o que torna o trabalho e elaboração dele mais difícil, pelo fato de rolar aquele medinho de ser "mais irrelevante do que já acham que sou". onerb: Se hoje você pudesse escolher uma pessoa para gravar quem seria? Alanne: Com certeza, Nicole Balestro ou Gabi de Pretas . Nicole não é do ramo direto de criação de conteúdo para o Youtube, mas tem uma história d...

Siamese

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onerb: Trabalhar no meio artístico sendo um preto LGBTTQ para você é?  Siamese: É essencial, nos deparamos em uma sociedade cada vez mais se encaminhando ao retrocesso. Me posicionar quanto preto e  LGBTI hoje é fundamental para que outras manas se identifiquem e se sintam livres pra serem quem elas desejam. Não é fácil esse posicionamento no meio da música porque vejo minha arte como ferramenta política e de empoderamento, não faço só pelo entretenimento, e geralmente as pessoas estão acostumadas a escutar coisas genéricas e de pura curtição, sem grande peso nas letras. onerb: Ao entregar um trabalho você sente que recebe do público o que esperava?  Siamese: Quando entrego uma música claro que quero que ela seja ouvida pelo maior número de pessoas, mas eu não me apego a quantidade ou a velocidade que ela vai atingindo o público. Não tem como prever a reação do público isso é muito subjetivo, cada pessoa vai receber o som de uma maneira. Mas nesse 1 an...