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Mostrando postagens de abril, 2018

Alice Guél

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onerb: Qual a parte mais complicada em produzir arte? Alice Guél: Tipo, eu sou travesti, preta e do interior e é bem complicado, porque realidades como a minha são excluídas dos espaços (quando se tem), onde possamos ter contato e viver a arte. Eu tive a oportunidade a me expressar desde pequena graças a minha mãe que procurava sempre me colocar em coisas que eu pudesse me distrair, fiz algumas danças e teatro.  A arte não é acessível! Nós travestigeneras se quisermos produzir um conteúdo artístico vamos ter que lutar 70% a mais que as pessoas cisgeneras lutariam, demora pra galera ter credibilidade no seu trampo. onerb: Qual a mensagem que você quer mostrar com seu trampo? Alice Guél: Quero mostra o grito de resistência, falar as verdades não ditas sobre os corpos marginais.  onerb: Você já pensou em desistir de levar sua mensagem? Alice Guél: Em desistir total não. Confesso que muitas vezes sou bem pessimista com as coisas, mas nunca AUTO DESTRUTIVA.

Maynara Moreira

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onerb: Você teve algum receio de colocar seus sentimentos em forma de poesia na internet? Maynara Moreira: Eu tenho todo receio do mundo em colocar meus sentimentos, não só em forma de poesia... É meio que receio de sentir na real, sabe? A poesia é um meio de expressar isso, sem eu ter que falar abertamente sobre! Sobre expor isso na internet: eu escrevo o que sinto e sei que existem pessoas que se identificam por sentirem ao ler, apesar de não compreender a problemática em si na maioria das vezes... onerb: Onde você gostaria de chegar? Maynara Moreira: Vai ser engraçado se eu falar que não sei ao certo? Sabe, eu sou muito jovem e tenho dúvidas sobre. Mas pretendo chegar longe, muito longe! onerb: Você pensa em viver apenas com seus trampos independentes? Maynara Moreira: Sim, essa é a meta! Mas tenho outras ideias além da escrita. onerb: Qual processo pra você foi mais difícil, se entender e gostar/aceitar de ser negra ou lgbt? Maynara Moreir

Rothyer

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onerb: Quais são as principais barreiras que você encontra por trabalhar com trampo independente? Rothyer: A falta de grana pra investir é o que mais tem me dado trabalho! As vezes deixo de comer pra fazer algo que eu acho que vai me ajudar a chegar onde quero, pra finalmente poder viver disso. Acho que isso já responde até mesmo a segunda pergunta... Não ter pessoas que saibam onde e como faço pra chegar ao reconhecimento é complicado, quando não se tem dinheiro. onerb: Você tem apoio moral e ou/ financeiro da sua família? Rothyer: Sim, bastante apoio moral! Principalmente tinha da minha falecida mãe que antes me ajudava em tudo, a pensar em propostas, em letras e até sair pra correr atrás das oportunidades comigo. Hoje tenho apoio de amigos e de pessoas que admiram meu trabalho, que ajuda muito compartilhando minhas coisas, mandando mensagem falando pra seguir em frente, desejando sucesso... É isso dá um gás num artista independente' onerb: Se você pude