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Mostrando postagens de maio, 2018

Não se esqueçam de Marco Aurélio Silva da Rosa

Talvez você não a conheça por esse nome, mas você sabe quem é. Filha de Maria Alice da Silva, de 73 anos e muito a frente do seu tempo. Nascida em São Paulo, mas conhecida nacionalmente através do funk carioca, participou dos principais programas de entretenimento da televisão brasileira e teve um hit estourado nas rádios em 2003. Preta, favelada e travesti massacrada pela transfobia dentro de casa durante sua infância e adolescência e pelo mundo desde o dia que nasceu até o dia do seu óbito, fora dos palcos à mãe afirma que ela era diferente, triste e solitária. Em fevereiro de 2003 no auge do seu sucesso sua aparição no programa Domingo Legal rendeu 20 pontos de audiência, mesmo tão reconhecida, ainda foi chamada no masculino pelos principais meios de comunicação na época de seu óbito em 2011. Marco Aurélio era Lacraia, era ela, era dançarina de funk, MC, DJ e travesti.  Em 2018 tivemos Matheusa, sua matéria no fantástico ia bem, sentada na sala com minha vó assistia a

Às vezes você só precisa de uma boa música nos fones de ouvido.

Tem dias que o caos interior transborda e tudo se torna um novo motivo para mais problemas, você sai de casa sem guarda-chuva e começa garoar, pega o ônibus atrasado e tem um trânsito infernal em seu caminho, você tenta não chorar porque isso já é motivo suficiente para declararmos um “péssimo dia”, pega o livro, lê duas páginas ou três páginas e fecha, olha ao seu redor e está parado no mesmo lugar, tem pessoas falando alto e você tem tantas vozes internas gritando que já não aguenta mais um ‘a’ da Dona Ana falando como a patroa dela é ou aquela DR por telefone que um rapaz está tendo no banco atrás de você. Mexe na bolsa e acha seu fone, procura alguma dessas playlists de paz (se você não tem, faça) e é sobre isso esse texto, sobre a paz que encontramos nas músicas, você dá o play e parece que as coisas vão se acertando. A minha música nacional favorita é “Banho de Folhas” da Luedji Luna, é uma música cheia de referências sobre espiritualidade e que definitivamente me deixa leve

Nola Darling é a artista independente que você não fortalece!

A série “Ela quer tudo” lançada em 2017 aborda diversas temáticas mas hoje não quero falar do feminismo de Nola, ou de seus namorados, do poliamor ou sua sexualidade, nada disso. Vamos falar sobre a arte de Nola Darling. Talvez esse texto tenha alguns spoilers, esteja atento ou feche esse texto. Nola é uma mulher negra que mora no Brooklyn, uma artista independente que faz de tudo para que sua arte seja valorizada e que ela pague no mínimo o aluguel de sua casa, entre tantos capítulos que mostram a vida de Nola Darling algo me chamou atenção, uma mulher negra da periferia, dando espaço pra sua arte e tentando viver dela. No decorrer dos 10 episódios algo me tocava e uma analise foi feita, onde estão os apoiadores reais da arte de Nola? Além dos pais dela, é claro. Fazendo um paralelo com a situação dos artistas independentes fora da ficção, meu primeiro texto aqui na onerb (que é uma plataforma que tem mostrado artistas independentes) vem trazendo um questionamento pes