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Mostrando postagens de março, 2018

Virgo

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onerb: Qual a maior barreira que você enfrenta enquanto artista independente? Virgo: São muitas as barreiras enfrentadas quando se é um artista independente. Na música, os desafios se estendem da gravação de uma canção, ou disco, até a sua distribuição, divulgação e além. Eu sou feliz porque minha geração tem o privilégio da internet, que torna a música mais acessível.  E música deve ser acessível. Ao mesmo tempo que a independência enquanto artista é interessante, porque você pode produzir 100% da sua maneira, ela te limita. A ausência de apoio é triste quando você tem boas ideias, mas não pode realizá-las porque é financeiramente inviável. onerb: Qual sua faixa favorita do EP e porque? Virgo: A minha faixa favorita do EP é Close to Her, porque eu gosto das mudanças e de como ela cresce. Foi a primeira música que escrevi das cinco e eu quis lançá-la como o primeiro single, porque ela não entregaria de primeira a essência do EP como um todo. O clipe, dirigido pelo

Sobre 'PRETA' da Mc DELLACROIX

GRITE, esse é o foco do rap, é preciso gritar o que te machuca e pra alguns corpos esse grito vem com mais raiva, cansaço, revolta. O foco do rap que eu ouço é um rap que vai te tirar da zona de conforto e te levar ao incômodo. E pra falar de 'PRETA' eu preciso te dizer que o incomodo vai reinar e cabe a você refletir pra mudar ou continuar sem entender a dor e a solidão de ser trava e preta. O novo single da Mc DELLACROIX, é forte, é bonito, é sobre você dizer o que te aflige, como ela mesma diz na música. Eu tive a oportunidade de ouvir em primeira mão e posso falar que é o tipo de som que emociona e que leva você a pensar sobre quem é você, quem você sente que é, se gosta de ser quem é. 'PRETA' como 'QUEBRada' (o primeiro single dela), fala sobre empoderamento, sobre aceitação e como a sociedade a vê. Mas eu, particularmente a vejo como ela sempre se descreve, uma travesty de negócios, e com certeza vai bagunçar sua mente e fazer entender que o mundo não é

Alan Costa (Coletivo AFROBAFHO)

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onerb: Qual a parte mais difícil em produzir um trampo independente? Alan Costa (Coletivo AFROBAFHO): Creio que a maior dificuldade em produzir algo independente é a faltar de incentivo financeiro, somado aos inúmeros gastos com burocracias pra colocar um produto cultural na rua. Em Salvador, infelizmente, passamos por um período de gentrificação dos espaços de lazer e perseguição aos produtores de eventos independentes. onerb: Sua família tem uma boa aceitação por você ser lgbttq? Alan Costa (Coletivo AFROBAFHO): Hoje em dia, eu tenho total apoio de meus pais e alguns membros da família. Entretanto, outros não aceitaram, principalmente pela maneira que eu me coloca diante da sociedade, fora de um padrão heteronormativo. Mas estou satisfeito com o apoio de mainha e painho, e isso me fortalece para lidar com o preconceito do mundo. onerb: Você vê possibilidade de apenas viver como um produtor independente? Alan Costa (Coletivo AFROBAFHO): Por enquanto, é uma