Felipe Lynn
onerb: A ideia de ter a própria marca sempre existiu ou foi algo construído com seus estudos? Felipe Lynn: Não existiu desde sempre, mas desde que me comecei a questionar (ou ser questionado) sobre meu futuro profissional eu já pensava em ter o meu próprio negócio. Os estudos servirão para direcionar o caminho que eu tomarei partindo desse ponto. onerb: Em que momento você entendeu o que era ser um corpo preto e LGBTQIA+? Felipe: Entendi meu corpo quando vivi o racismo e a homofobia. Ali percebi que a minha existência carregava uma problemática que demorei para desassociar com o sentimento de culpa, então durante muito tempo eu fugia de mim mesmo, e quando, por algum momento eu me sentia um pouco mais confortável a ser quem eu era, eu era lembrado do que era ser um corpo não-branco e LGBTQIA+. onerb: Qual o processo para você enquanto estilista é o mais difícil? Felipe: O processo mais difícil é você materializar um conceito que transmita algu...